No último dia 31 de outubro a Reforma Protestante completou 490 anos. Nenhuma notícia na TV, nenhuma referência nos jornais ou revistas seculares, pouquíssima lembrança entre os evangélicos.
A Reforma Protestante foi um marco na história universal. Um brado contra posturas e imposições de uma igreja caótica, soberba e paganizada.
Na "era das trevas", a luz do mundo jazia ineficiente debaixo dos alqueires do poder e da pompa cerimonial, obscurecida sob o pálio da infalibilidade papal, inconsistente, irrelevante diante do pecado, insípida...
O protesto de Lutero trouxe à tona o que se passava nos porões da espiritualidade medieval e convocou a verdadeira Igreja de Cristo a um retorno aos oráculos antigos, à Escritura, Sola Scriptura.
Mais que um dia a ser lembrado, 31 de outubro é um dia para se fazer uma profunda reflexão: será que estamos hoje, como protestantes, mantendo vivas as chamas acesas naquele dia? Será que os ideais da Reforma Protestante ainda sobrevivem na igreja do nosso tempo? Podemos nos considerar realmente protestantes, reformados?
Nesse tempo pós-moderno, a igreja evangélica não tem muita coragem de protestar. Protesto soa como briga, parece agressivo. É politicamente incorreto. Há tantos males no mundo e no cristianismo pós-modernos quanto havia na era medieval. Faltam-nos Luteros. Falta-nos virilidade teológica. Faltam-nos ideais mais elevados que apenas os números.
Em tempos como os nossos é vital para a igreja evangélica brasileira observar a sua prática a fim de aproximar-se dos ideais que impulsionaram o movimento protestante do século XVI. Precisamos de uma igreja firme, consistente, missionária, bíblica. Precisamos de uma igreja reformada, sempre se reformando à luz das Escrituras.
Sola Gratia.
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