sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O TRONO DIANTE DO FAUSTÃO

A trupe do Diante do Trono, finalmente, chegou aonde queria: apresentou-se no Domingão do Faustão. Pode parecer uma triste ironia, mas um dos programas mais inúteis da TV brasileira tornou-se a glória para os assim chamados “artistas gospel”. Todos querem cantar no Domingão. É o clímax da carreira. Passar pela carreira gospel e não cantar no Faustão é como ir a Roma e não conhecer o Papa.

A quem interessa a ida de “artistas evangélicos” ao Domingão do Faustão? A mim, confesso, que não interessa nem um pouco. Não assisto ao programa do Faustão, nem passaria a assistir só porque ele leva, eventualmente, uma trupe de artistas crentes ao seu palco. Até porque, não vejo nada de útil à igreja e ao evangelho nesse tipo de exibicionismo.

Para muitos foi a grande oportunidade do Diante do Trono falar a milhões de pessoas sobre o evangelho e tal. Mas eu creio que o Faustão é que teve uma grande oportunidade de falar a milhões de evangélicos a sua mensagem mundana, pluralista e liberal. Assim disse o apresentador: “Na verdade, um dos segredos, senão o maior segredo do Brasil, é essa convivência de várias raças, é um dos grandes segredos desse país, que é muito difícil você encontrar em outro país. O segredo de todas as raças, essa convivência de imigrantes, de estrangeiros com brasileiros. Tá na hora de haver também, por parte das pessoas, cada um de nós, o preconceito de lado. Cada um tem o direito de escolher a religião que quiser, o time de futebol que quiser, a opção sexual que quiser”.

Ao que respondeu a "artista" Ana Paula Valadão: “Eu concordo. A gente tem que respeitar o outro e a gente tem que viver aquilo que a gente acredita”. Como assim “eu concordo”, Ana Paula? Você concorda com o que? Como assim “a gente tem que viver aquilo que a gente acredita”? Então cada um pode acreditar no que quiser e está tudo bem?

O problema é que a Ana Paula foi ali como "artista", explicar como se sentia sendo a líder do “maior ministério de louvor da América Latina”, falar sobre a maravilha que é a sua igreja, falar sobre o show realizado em Barretos que foi “o maior evento evangélico” realizado na arena de rodeio da cidade, com a presença de mais de 80 mil pessoas; enfim, ela foi àquele palco falar das grandezas do Ministério Diante do Trono, não das pequenezas do Evangelho.

A presença de “artistas” gospel em programas populares rende muito às emissoras e aos próprios artistas; mas, em minha opinião, rende nada ao evangelho. O Evangelho não precisa de palcos mundanos para mostrar a sua identidade, nem Deus precisa de homens como o Faustão para ser honrado.

Ana Paula Valadão saiu ovacionada do palco, o Faustão ganhou mais audiência, a Som Livre vendeu mais CDs, o Diante do Trono vai ganhar mais dinheiro com isto e muitos daqueles que acreditam que “podem escolher a religião que quiserem e a opção sexual que quiserem” terminaram aquele domingo ainda mais satisfeitos com suas escolhas, afinal, se até a Ana Paula Valadão diz que concorda, quem dirá o contrário?

Bom, o Evangelho diz, mas nenhum "artista gospel" vai ao Faustão para ficar perdendo tempo pregando o Evangelho, não é verdade?

Agnaldo Silva Mariano

7 comentários:

Família Abençoada Jaremenko disse...

Soube antecipadamente da apresentação e... não me incomodei em assistir. Por que? Você mesmo responde em seu post, irmão Agnaldo: porque o Ministério Diante do Trono foi apresentar a si mesmo. Assim como os demais artistas, cantores, grupos gospel que têm sido contratados pela Som Livre. Não há interesse da gravadora nem de seus canais de divulgação abrir espaço para evangelização. O primeiro interesse deles é atrair audiência. O segundo, é ratificar seus conceitos em relação às diversidades, afirmando seus posicionamentos com relação a opções políticas e sexuais. O que era de se esperar de um grupo gospel? Que pregasse o evangelho, que falasse do Reino de Deus e que este "é inegociável"! Que não ficasse a observar ventos e circunstâncias. Que não ficasse amarrado a seus próprios interesses. Enganam-se aqueles que pensam que, cedendo agora às condições do mundo, abrirão portas para o evangelho no mundo. Pelo contrário, há muitos que estão bebendo de águas turvas e se contaminando, ao ponto de cauterizarem suas mentes e emoções diante de quebra de princípios cristãos. Vimos isso nessas eleições, onde lideranças evangélicas manifestaram apoio a uma candidatura e a um partido que claramnente afronta a Palavra de Deus, em suas propostas ao legislativo e até em suas resoluções partidárias, às quais, todo membro do partido tem que se submeter. Triste, muito triste que nossas lideranças não tenham fé na Palavra do Senhor e temam agir com ousadia como Elias e outros homens de Deus agiram, servindo de exemplos. Triste, muito triste...

Anônimo disse...

É...é lamentável que pessoas percam oportunidades tão preciosas, onde milhões de pessoas estão a vê-los, e sequer falem uma frase objetiva que possa direcionar a Jesus ou ao Evangelho Dele de forma contundente. Que se curvem as pressões mundanas, capitalistas e mercadológicas e neguem com suas atitudes dúbias o Evangelho que dizem seguir em suas músicas ditas "evangélicas".
Porém, na verdade, não penso que o grande número de "irmãos" que se tornaram famosos e vendem milhões de cds e dvds são mais úteis e preciosos à propagação do Evangelho de Cristo e a edificação da Igreja, do que se prosseguissem como adoradores e integrantes de ministérios de louvor em suas igrejas de origem. Creio que antes da fama e da notoriedade alcançadas, eram muito mais abençoados e abençoadores do que o são agora embaraçados com coisas dessa vida e desse mundo que jaz no maligno.
Certamente, para cumprir seus ministérios de louvor e adoração não é necessário e muito recomendável ter esse tipo de postura.
Mas, um questionamento surge diante disso: o que eles desejam de verdade? adorar a Deus? Levar o povo de Deus a adora-Lo? ou ser simplesmente artistas e se destacarem no meio musical?
A resposta descortinará a verdadeira motivação.
Torço para que respondam corretamente, para o próprio bem deles.
Ótima postagem.
Em Cristo,
Pr. Magdiel G Anselmo.

Unknown disse...

GRAÇA E PAZ
ANALISANDO O POST, CHEGAMOS A CONCLUSÃO QUE O MESMO MAL QUE PERMEIA O MUNDO, ESTÁ GRAÇANDO NA IGREJA, OU MELHOR NO MUNDINHO GOSPEL.O VELHO MAL DE "TER" EM DETRIMENTO DO "SER".

HOJE, A MEU VER, OS CRENTES AMAM MAIS A FAMA QUE AO SENHOR.
DESEJAM MAIS OS APLAUSOS QUE A MENSAGEM DA VERDADE.
ANSEIAM MAIS A GLÓRIA DO MUNDO, QUE A GLÓRIA DA CRUZ.

FAZEM DO PÚLPITO SEU PALCO, DOS CRENTES SEU ESPECTADORES E DA IGREJA A FAMOSA CASA DE SHOW, CREDICARD HALL.

ENFIM, NECESSITAMOS MAIS DO QUE NUNCA UMA VOLTA AS ESCRITURAS.
CARLOS HERRERA
http://cativosporcristo.blogspot.com/

Unknown disse...

Caro Rev. Agnaldo, parabéns pelo texto. Creio que os artistas gospel deveriam sim, aproveitar estas chances de falar a milhões de brasileiros e passar a genuina menssagem de Deus.

Pastor Welison Rodrigues Ayres disse...

Faustão e Valadão igual a podridão... que Deus tenha piedade de nós.

Gidiel Camara disse...

Mandou bem, meu caro Pr. Agnaldo.

Anônimo disse...

Voce é um preconcrituoso.E julga seus próprios irmãos. Lamentável.