terça-feira, 27 de abril de 2010

"EM NOME DE MARCO FELICIANO, AMÉM". AMÉM?

Marco Feliciano é um desses pregadores insuportáveis da televisão. Não só pela pregação em si, carregada de equívocos hermenêuticos, entre outros equívocos, mas pela arrogância e prepotência. Marco Feliciano é arrogante até quando quer ser humilde. É como um gato franzino que, quando se olha no espelho, vê um leão! Fé? Não, empáfia mesmo.

Há, pelo menos, seis anos atrás ganhei uma revista do ministério "Tempo de Avivamento". Ali, sem nunca ter ouvido uma pregação dele, já não fiquei simpático à figura. Tudo naquela revista girava em torno dele. “Pastor Marco Feliciano, em apenas 8 anos de ministério alcança o sucesso”, dizia uma das manchetes da revista. Deu para perceber qual era o interesse dele: sucesso. E, por incrível que não pareça ao meio evangélico, ele alcançou o tal "sucesso".

O sucesso de Marco Feliciano pode ser observado hoje na televisão ou na internet, onde ele expõe sua arrogância e cabelos alisados, atacando até de pseudo-cantor e, recentemente, de pseudo-doutor. Isso mesmo, um camarada que mal sabe conjugar os verbos corretamente agora é “Doutor em Divindade” (seja lá o que ele queira dizer com isso).

Pois é, foi na internet, essa caixa de pandora, que eu assisti nesta semana um vídeo em que o homem de sucesso Marco Feliciano faz uma oração em favor de uma senhora, pedindo a Deus que a abençoasse em uma prova, dando-lhe uma "unção de inteligência". Um tipo de oração piedosa e comum, não fosse o final. Ah, o final da oração é surpreendente, deprimente!. No auge da sua auto-confiança pentecostal, Marco Feliciano diz a Deus: “Senhor, é Marco Feliciano quem está orando, teu servo, amém!”.

Amém? Dá para dizer “amém” ao final de uma oração destas? Marco Feliciano não ora em nome do “único Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”, conforme a Bíblia ensina em 1 Timóteo 2. 5. Ele ignora o que Jesus diz em João 14. 13: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho”. Fico pensando: quem seria glorificado na oração do Feliciano? Deus? Não, não e não! Afinal, a oração não foi feita em nome de Jesus para que o Pai fosse glorificado; mas foi feita “em nome de Marco Feliciano”, para a glória do prepotente orador pentecostal.

A Confissão de Fé de Westminster (XXI. III) afirma: “A oração, com ações de graça, sendo uma parte especial do culto religioso, é por Deus exigida de todos os homens; e, para que seja aceita, deve ser feita em nome do Filho, pelo auxílio do Espírito Santo, segundo a sua vontade, e isso com inteligência, reverência, humildade, fervor, fé, amor e perseverança”. Faltou tudo isso na oração de Marco Feliciano. Faltou pedir em nome de Jesus; faltou contar com o auxílio do Espírito Santo, pois contou com o auxílio do seu próprio prestígio; faltou inteligência, reverência, e, principalmente, humildade.

Pode ser (pode ser!) que Marco Feliciano tenha cometido um lapso. Mas será necessária uma explicação muito convincente de que ele não queria dizer o que disse. Sinceramente eu nem espero isso. Espero somente que as pessoas que têm ouvido as pregações desse senhor avaliem o que ouvem. Que sejam criteriosas. Que ouçam não apenas com os ouvidos, mas também com a mente, com a razão. Que julguem seus ensinamentos e suas ações pelos critérios da Verdade, não pelos títulos, nem pelos cabelos alisados, nem pela aparência de piedade. Aí sim, será possível discernir os “améns” que o que ele diz merece.
Quem quiser assistir o vídeo e tirar as suas conclusões, é só acessar o link: http://www.pulpitocristao.com/2010/04/marco-feliciano-blasfema-em-oracao-e-se.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O EVANGELHO QUE ENVERGONHA

O apóstolo Paulo disse certa vez: “Pois não me envergonho do evangelho” (Rm 1. 16). Paulo foi um homem que entendeu o evangelho de Cristo. Tanto o entendeu que assumiu a responsabilidade de se apresentar aos leitores de suas cartas como um exemplo a ser imitado no comprometimento com o evangelho. “Sede meus imitadores”, afirmou. Isto não é arrogância, mas convicção e ousadia de quem compreendeu o verdadeiro sentido daquilo em que depositara a sua fé.

Para o apóstolo Paulo o evangelho era digno de inteira confiança. Para ele o evangelho estava acima de quaisquer “teorias ou pesquisas ou outras elucubrações e deduções que a ciência, a sabedoria ou cultura possam haver encontrado ou ainda venham a encontrar mesmo que sejam transcendentais e oriundas do mais elevado circulo do saber humano pois o evangelho não é uma verdade ao lado de outras verdades mas é a verdade que questiona, afere, todas as demais verdades” (K. Barth). Por isso ele disse que não se envergonhava do evangelho.

Franklin Ferreira, em seu comentário à carta de Romanos, diz que “a forma negativa ‘não me envergonho’ pode ser entendida como 'tenho orgulho' do evangelho”. A razão desse “orgulho” estava, conforme o Comentário Exegético e Explicativo da Bíblia, na glória inerente do evangelho, “por ser a mensagem vivificadora de Deus para o mundo moribundo”; e, conforme Willian Hendriksen, o apóstolo Paulo “amava muito essas boas novas”.

Para o apóstolo Paulo o evangelho é motivo de alegria, ou, nas palavras de F.F. Bruce: “O que Paulo quer dizer é que ele se gloria no Evangelho e considera alta honra proclamá-lo”. De fato, não há motivo de vergonha no evangelho de Cristo, pois ele é o poder de Deus; poder este que, de acordo com Lutero, “reduz o homem a nada por meio da cruz de Cristo”. Nada há neste evangelho que envergonhe os que crêem.

No entanto, há um tipo de evangelho que envergonha qualquer homem descente. É o tipo de evangelho sorrateiro que se prega hoje em dia. É o tipo de evangelho que se ouve da boca de pessoas como o bispo Romualdo Panceiro, da Igreja Universal do Reino de Deus, que, sem quaisquer pudores, foi filmado ensinando seus pastores a arrecacar ofertas dos fiéis da seita nos tempos da crise financeira. O flagrante posto em vídeos disponíveis da internet é mais uma demonstração da vileza dessa gente inescrupulosa que se faz de santo para enganar os incautos, propagando um falso evangelho que é digno de vergonha.

Assim como o apóstolo Paulo eu não me envergonho do evangelho de Cristo; mas eu me envergonho do falso evangelho proclamado por Romualdo Panceiro e sua turma. Eu me envergonho de um evangelho que engana as pessoas em benefício próprio. Eu me envergonho de um evangelho que visa o lucro financeiro em detrimento da simplicidade dos ouvintes. Eu me envergonho de um evangelho que se apropria do direito de dominar a consciência das pessoas e manipulá-las em nome da fé. Eu me envergonho de um evangelho que esconde a cruz e só promete vantagens materiais. Eu me envergonho de um evangelho que usa a fé como moeda de troca em Deus. Eu me envergonho de um evangelho que debocha da inteligência das pessoas e usa a Bíblia como pretexto para as safadices de gente que se esconde atrás da piedade para mascarar seus intentos inescrupulosos.

Eu estou cada dia mais envergonhado desse tipo de evangelho. Cada dia eu estou mais convencido de que é necessário uma ruptura com certos tipos de modelos evangélicos. Não é possível haver comunhão com tudo que se diz evangélico hoje em dia. Cabe muita coisa vergonhosa debaixo desse título e eu, sinceramente, definitivamente, não quero fazer parte disto. O tipo de evangelho pregado por gente como Romualdo Panceiro é vergonhoso, e não é o evangelho de que Paulo se orgulhava. É uma fraude digna de asco. Digna da mais absoluta e sincera vergonha.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O EVANGELIQUÊS NOSSO DE CADA CRENTE.

Chama-se evangeliquês o tipo de vocabulário característico dos crentes. Aquele tipo de linguagem que só esse povo entende. São frases de efeito, palavras de ordem e outros tipos de expressões que só podem ser compreendidos pelos iniciados, um tipo de código secreto que somente os crentes decifram. O Rev. Ricardo Agreste, em seu excelente livro “Igreja? Tô fora” apresentou um exemplo do que seria um diálogo entre dois evangélicos ao telefone, no qual podemos perceber o uso do idioma evangeliquês: “Graça e paz, irmão! Teve uma semana na bênção? Louvado seja o Senhor! Como vai a irmã Antônia? Não diga! Descansou no Senhor? Bem, que bom que ela descansou em seus braços. Louvado seja Deus que a tomou para a glória, não? Coitada, vivia no aprisionamento da carne. Agora, pelo menos, recebeu a coroa da justiça pelo fiel combate que travou. Afinal, precisamos sempre lembrar que, na realidade, não somos deste mundo”.

O problema do evangeliquês não é, obviamente, o fato de utilizar-se de expressões bíblicas na comunicação. O povo de Deus deve, sim, primar por um vocabulário sadio, que promova a glória de Deus e o bem dos ouvintes. A nossa palavra deve ser “temperada com sal”, conforme ensinou o apóstolo Paulo; o mesmo sal que nos caracteriza como discípulos de Jesus. O que falamos deve transmitir graça aos que ouvem, e servir de testemunho.

O que acontece com o evangeliquês é que muitas de suas expressões, quando retiradas da Bíblia, são vãs repetições de expressões usadas fora do contexto em que foram ditas originalmente, quase sempre caindo no equívoco do erro de interpretação. É o que pode ser observado, por exemplo, em frases como: “Tudo que você pedir em oração Deus vai te dar”; “Assim diz o Senhor”. Textos bíblicos usados fora do seu contexto podem produzir grandes estragos. Grandes equívocos doutrinários são produzidos pelo mau uso de textos bíblicos que não dizem aquilo que muitos querem que eles digam, nem se aplicam a quem eles querem fazer aplicar.

Outro equívoco ocorre com expressões não bíblicas, mas que são praticamente canonizadas pelo evangeliquês. Tipo: “Tá amarrado”; “O sangue de Jesus tem poder”; “Tô na bênção”, “Tome posse da vitória”; “Eu determino a cura”. O equívoco que se mostra em expressões como estas, é o de se atribuir à mera pronúncia dessas frases um poder sobrenatural, como se houvesse nelas uma mágica inerente, capaz de assustar o diabo, resolver problemas ou espantar aflições. Na realidade, o certo é que as nossas palavras nada podem fazer se o Deus soberano não agir soberanamente em nosso favor. O poder pertence a Deus, e não às nossas palavras. Recitar palavras ou frases de efeito não produz nada se Deus não resolver agir.

Ocorre ainda outro equivoco no evangeliquês. O de se fazer afirmações sem qualquer respaldo bíblico como se fossem verdades absolutas, sem uma reflexão teológica honesta. É o que se observa em frases como: “Sonhe os sonhos de Deus”; ou no famoso: “Jesus te ama”, quando dirigido a pessoas incrédulas. São frases que podem até soar bem aos ouvidos, mas é preciso fazer uma reflexão profunda sobre elas, se estão corretas teologicamente ou não. Será que Deus sonha? Será que Deus ama mesmo todas as pessoas indistintamente? Isto é bíblico? Nem tudo que é bonito é correto, bíblico ou verdadeiro.

As nossas palavras são instrumentos para a comunicação do Evangelho ao mundo. Devemos, portanto, ser cuidadosos com o que falamos por aí. Não podemos agir como aquela conhecida ave que apenas reproduz o que escuta, sem refletir ou questionar. Nossa linguagem deve ser simples e bíblica, sem parecer piegas ou incompreensível. O evangeliquês pode até atrapalhar a boa comunicação do Evangelho. Talvez uma boa solução para evitar os equívocos do evangeliquês seja pensar, e pensar muito, antes de falar.

sábado, 10 de abril de 2010

CONVÉM QUE EU DIMINUA, E QUE CRISTO CRESÇA

João Batista foi agraciado com uma inegável dádiva: ser o predecessor do Messias. Quão nobre vocação lhe foi conferida pelo Eterno! Preparar os caminhos para o início do ministério do Redentor prometido desde o Éden. A tão aguardada Salvação chegara, e cabia ao profeta excêntrico, que comia gafanhoto e se vestia de peles de animais, avisar os incautos de que era hora de se arrependerem de seus maus caminhos porque o reino de Deus havia sido inaugurado.

João Batista era uma voz que clamava em um deserto de indiferença e comodismo religioso. Acomodados no sossego do conservadorismo os judeus ignoravam a dimensão do momento histórico em que viviam. Estavam no auge do cumprimento das profecias antigas. Mas os ouvidos moucos não reconheciam aquela voz. Bastavam-lhes os rituais e cerimônias e a malfadada esperança num messias político-religioso.

A chegada de João Batista reabriu as páginas da revelação divina, após séculos de silêncio profético. João tinha um invejável status, mas reconheceu seu devido lugar. Não era ele o Cristo esperado. Ele era apenas um anunciador. Era um missionário, um proclamador da Salvação. Não se considerava digno sequer de desatar as correias das sandálias do Messias. Para João Batista não havia status nem holofotes. Ele era apenas um servo.

João entendia o seu lugar na história da revelação e a sua condição humana inarredável: era um pecador que carecia da graça de Deus. Ele via em Jesus a sua esperança de Salvação. Por isso, era conveniente que Cristo fosse reconhecido e que as atenções se voltassem para ele. Por séculos a Salvação era aguardada, e não era correto que fosse retirado de Cristo o foco. “Convém que Cristo cresça, e que eu diminua”, disse João Batista. Cristo devia ser o centro das atenções, não um simples homem pecador.

As palavras de João Batista devem retumbar em nossos dias, quando tantos espetaculosos líderes eclesiásticos chamam para si a atenção e os holofotes, fazendo de suas ações motivos de exaltação e vanglória. O “eu” desses líderes é tão assoberbadamente destacado que sobressai de maneira grosseira sobre o nome do próprio Cristo. Tais líderes projetam-se como intocáveis e infalíveis, detentores de méritos incalculáveis, assegurando o direito de ocupar lugares de honra na história e no coração daqueles que chamam de seus seguidores.

João Batista entendeu o seu lugar e o seu tamanho na história. Ele deveria ser pequeno diante de Cristo. Quanto mais perto de Cristo, menor ele seria. Quanto mais crescesse o Cristo, tanto mais diminuiria o João. Assim é que deve ser.

Convém que Cristo cresça e que qualquer homem diminua. Diante de Cristo não há homens grandes ou importantes. Todos são indignos e insignificantes. “Que cresça Cristo e que eu diminua”. É a minha oração, não apenas como pastor, mas como crente, todos os dias. O lugar de destaque em minha vida e em meu ministério será sempre daquele que é digno de toda honra e reverência: Jesus Cristo, meu Salvador.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

SOBRE MENINOS E LOBOS. A PEDOFILIA NOS ARRAIAIS CRISTÃOS.

Peço licença aos leitores deste blog para tratar de um assunto repugnante: a pedofilia. Esta anormalidade, infelizmente, é uma epidemia mundial. A cada dia somos afetados pelas notícias apavorantes de novos casos de abusos de crianças e adolescentes, na grande maioria, envolvendo pais ou pessoas muito próximas das vítimas.

A pedofilia não é apenas um crime hediondo. É uma monstruosidade. É uma agressão a tudo que se pode chamar de consciência moral. É uma violação não apenas da inocência infantil, mas também da própria natureza humana. Vai contra qualquer princípio ético, moral, social ou religioso; vai contra qualquer princípio de humanidade.

Infelizmente, em muitos casos, este crime ainda não tem recebido a devida punição que merece. Isto porque é comum haver casos de agressões que são acobertadas, seja por vergonha por parte das vítimas, medo, negligência ou outros subterfúgios. Assim, muitos pedófilos permanecem impunes, fazendo novas vítimas, escondendo-se atrás da impunidade ou se valendo do constrangimento alheio.

Como se não bastasse a tragédia que ocorre em muitos espaços sociais envolvendo o abuso de crianças e adolescentes no mundo todo, os arraiais cristãos também têm sido ambientes propícios para a ocorrência da pedofilia. Igrejas, antes tidas como ambientes de refúgio e esperança, têm se transformado em território do medo e da angústia, provocados por criminosos que se escondem atrás do manto da piedade para destruir a candura de meninos e meninas que lhes confiam a própria vida. Lobos vorazes, monstros abomináveis que, travestidos de pastores e padres, violam a ingenuidade de quem não pode se defender de seu apetite doentio.

Nos últimos tempos a Igreja Católica Romana tem sofrido forte pressão das autoridades e da mídia em diversos países para punir padres acusados de violentar crianças e adolescentes. O próprio Papa Bento XVI tem sido acusado de proteger um pedófilo quando ainda era Cardeal. O Vaticano tem desembolsado milhões em indenizações a vítimas de padres pedófilos no mundo todo. A pressão tem sido tão grande que há quem defenda a renúncia do atual papa por sua demora em tratar desse assunto tão sério.

No entanto, não é apenas nos arraiais católicos romanos que a pedofilia faz suas vítimas. Muitas igrejas evangélicas têm tido a infelicidade de acolher em seus círculos, ainda que sem saber, monstros capazes de abusar de meninas e meninos indefesos. Basta uma rápida pesquisa nos sites de busca e será possível ler inúmeras reportagens sobre pastores acusados de pedofilia por todo o mundo.

A presença de pedófilos nos arraiais cristãos é uma triste e vergonhosa realidade que agride o senso de pudor de qualquer um. É por demais constrangedor imaginar que no recôndito dos templos, sob o pálio do sagrado, ocorra esse tipo de brutalidade silenciosa, provocada por aqueles que levam sobre si a responsabilidade vocacional de proteger e pastorear. É revoltante acreditar que haja pessoas capazes de usar de sua condição de representantes de Deus para afrontar a ingenuidade de quem lhes vê como exemplo de respeito e honestidade.

A Bíblia condena todo tipo de pecado. Para Deus, todo pecado é igualmente imundo. A Bíblia ensina que todo pecado precisa ser punido; mas também ensina que para todo tipo de pecado há possibilidade de perdão. O único pecado para o qual a Bíblia diz não haver perdão é a blasfêmia contra o Espírito Santo. A pedofilia é um pecado hediondo como muitos outros, mas não é imperdoável para Deus. A graça de Deus é capaz de perdoá-lo. Mas é um crime que não deve ficar impune perante as leis humanas. Os cristãos não podem permitir que essa atrocidade seja encoberta por indenizações milionárias, meros afastamentos ou desvios de funções eclesiásticas, nem mesmo uma simples expulsão da comunidade. Nem ainda pode ser tida como resolvida com um simples pedido de desculpas ou uma mera absolvição eclesial. Pedófilos devem ser denunciados às autoridades, presos, julgados e condenados pelas leis do país. Cabe, portanto, a todos os segmentos cristãos estarem atentos e não permitirem que monstros desfilem pelas comunidades vestidos de pastores e padres, utilizando-se da sua posição para permanecerem impunes e continuarem destruindo inocentes.