quinta-feira, 21 de julho de 2011

A DIVINA TRINDADE

O Ser Eterno se revela em Sua existência triúna até mesmo de forma mais rica e indispensável do que em Seus atributos. É nessa Trindade santa que cada atributo do Seu Ser alcança, digamos, o seu conteúdo pleno e o seu significado mais profundo. Somente quando nós contemplamos essa trindade é que nós descobrimos quem e o que Deus é. Só assim nós podemos descobrir quem e o que Ele é para essa humanidade perdida. Nós só podemos descobrir isso quando nós o conhecemos e confessamos como o Deus Triúno do Pacto, como o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Ao considerarmos essa parte da nossa confissão é particularmente necessário que um tom de reverencia santa e um temor ingênuo caracterizem nossa aproximação e atitude. Para Moisés foi um momento terrível e inesquecível aquele em que Deus lhe apareceu no deserto em uma sarça ardente. Quando Moisés olhou para a saca ardente, que ardia e não se consumia, a certa distância, e quis aproximar-se, o Senhor o advertiu, dizendo: “Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é terra santa”. Ao ouvir essas palavras Moisés temeu muito e escondeu seu rosto, pois temia olhar para Deus (Ex 3.1-6).

Tal respeito santo convém também a nós como testemunhas da revelação que Deus faz de si mesmo em Sua Palavra como o Deus Triúno, pois nós devemos sempre nos lembrar que, quando nós estudamos esse fato nós não estamos tratando de uma doutrina sobre Deus, ou de um conceito abstrato, ou de uma proposição científica a respeito da Divindade. Nós não estamos lidando com uma construção humana na qual nós mesmos ou outras pessoas tenham arrumado os fatos, e que nós agora vamos tentar analisar logicamente e desmembrar. Nós estamos tratando da Trindade, estamos lidando com o próprio Deus, com o único e verdadeiro Deus, que revelou-se como tal em Sua palavra. Isso foi o que Ele disse a Moisés: “Eu sou o Deus de Abraão, Isaque e Jacó” (Ex 3.6). Assim também Ele se revela a nós em Sua Palavra e se manifesta a nós como o Pai, o Filho e o Espírito.

E é assim que a Igreja Cristã sempre tem confessado a revelação de Deus como o Deus Triúno, e aceitado-o como tal. Nós encontramos essa confissão nos Doze Artigos do Credo apostólico. O cristão não está nesse credo dizendo o que ele pensa sobre Deus. Ele não está dando ao leitor uma noção de Deus, nem dizendo que Deus tem tal e tal atributos, e que Ele existe dessa ou daquela forma. Ele simplesmente confessa: “Creio em Deus Pai, e em Jesus Cristo, seu único filho, e no Espírito Santo, ou seja, eu creio no Deus Triúno”. Ao fazer essa confissão o cristão expressa o fato de que Deus é o Deus vivo e verdadeiro, que é o Deus Pai, Filho e Espírito, o Deus de sua confiança, a quem ele tem se rendido inteiramente, e em quem ele descansa com todo o seu coração. Deus é o Deus de sua vida e de sua salvação. Como Pai, Filho e Espírito, Deus o criou, redimiu-o, santificou-o e glorificou-o. O cristão deve tudo a Ele. É sua alegria e prazer que ele possa crer nesse Deus, confiar nele e esperar tudo dele.

Extraído do livro: “O Fundamento de Nossa Fé - Um Panorama da Doutrina Cristã” de Herman Bavinck.

Um comentário:

Frankmar Corrêa disse...

Baseado na Bíblia Sagrada Cristã ,eu creio que Deus é um só:O Pai,O Filho( Jesus) e O Espírito Santo .creio realmente que Deus é Uno e Trino e Não existe outro!