sexta-feira, 8 de julho de 2011

JONATHAN EDWARDS. UM HOMEM DOMINADO POR DEUS

Grandes homens e grandes mulheres passam pela história e deixam sua marca, não só para as suas respectivas gerações, mas para gerações posteriores. A maioria das pessoas, por falta de oportunidade ou por falta de interesse, passará pela história e será esquecida. Mas sempre haverá os inesquecíveis.

Nas últimas semanas tenho estudado com a igreja a vida de Jonathan Edwards, especialmente as suas firmes resoluções para uma vida cristã agradável a Deus. Tem sido uma experiência por demais edificante, que tem trazido a mim, especialmente, e à igreja também, um despertamento para um viver cristão mais devotado e comprometido com os valores espirituais. Jonathan Edwards é, sem dúvida, um daqueles personagens inesquecíveis da história.

Jonathan Edwards morreu há quase três séculos. No entanto, ele ainda é considerado o mais notável pregador americano de todos os tempos. E ainda há os que o avaliam como um dos maiores teólogos da América. Ele também se sobressaiu como escritor, e alguns de seus livros são considerados como as maiores obras-primas da literatura cristã americana. Seu ministério pastoral rendeu frutos dignos para o reino de Deus e sua trajetória cristã foi um exemplo para as gerações seguintes.

A influência de Jonathan Edwards não se resumiu apenas aos seus dias. No início do século XX, um estudo traçou a descendência de Edwards. Os resultados foram surpreendentes. Cumpriu-se em sua vida o que diz a Abraão em Gênesis 17. 1 a 8. De Jonathan Edwards veio uma grande e ilustre descendência: trezentos pastores, missionários e professores de teologia; cento e vinte professores universitários; cento e dez advogados; mais de sessenta médicos; mais de sessenta autores de bons livros; trinta juízes; catorze reitores de universidades; numerosos gigantes da indústria norte-americana; oitenta detentores de importantes cargos públicos; três prefeitos de grandes cidades; três governadores de estados; três senadores; um capelão do Senado dos Estados Unidos; um fiscal da Fazenda e um vice-presidente dos Estados Unidos.

Não há dúvidas de que Jonathan Edwards foi um gigante da fé cristã, um homem cuja influência ainda hoje é fortemente sentida. Sobre os personagens de Hebreus 11, as Escrituras dão testemunho de que foram “homens dos quais o mundo não era digno” (v. 38). Sobre Jonathan Edwards se disse que era:

“Uma estrela de primeira magnitude na história da Igreja de Deus” – S. M. Houghton.

“A figura de mais influência no cristianismo norte-americano até o século XX – e possivelmente até hoje” – Meic Pearse.

“Edwards tem a capacidade permanente de falar através das eras” – Harry S. Stout.

Por esses fatos fica claro que a vida de Jonathan Edwards é digna de nosso estudo e imitação.

Quando lemos os nomes da galeria de Hebreus 11 podemos perguntar: O que fez daqueles homens e mulheres pessoas tão especiais? Por que foram tão marcantes no seu tempo e deixaram seus nomes gravados na história da humanidade? O capítulo deixa claro que, no caso deles, a fé foi o diferencial.

Algumas perguntas precisam ser respondidas também a respeito de Jonathan Edwards: O que tornou Jonathan Edwards um homem tão notável assim? O que fez com que esse homem fosse usado por Deus de forma tão eficaz?

Família. Jonathan Edwards nasceu em 5 de outubro de 1703, era filho de um pastor, e nasceu em uma família de 11 filhos: dez mulheres e apenas ele de homem. Era uma das mais respeitadas famílias da América colonial. O pai dele foi pastor na mesma igreja durante mais de 60 anos. O avô de Jonathan Edwards, pai de sua mãe, também pastoreou a mesma igreja por quase 60 anos. Foi no seu lar que Jonathan Edwards recebeu as primeiras instruções que o tornariam um crente diferenciado em sua geração.

Preparação. Foi o próprio pai de Jonathan Edwards que lhe preparou para o ministério, ensinando a ele as Escrituras, o Breve Catecismo e a Teologia Reformada. Foi do pai que Jonathan Edwards recebeu, pela primeira vez, uma apresentação a respeito da vida cristã e das responsabilidades do ministério pastoral.

Conversão. Embora tenha recebido grandes influências da família, a experiência de conversão de Edwards só aconteceu aos 17 anos. Ele estava lendo 1 Timóteo 1. 17. Enquanto lia esse texto bíblico ele escreveu: “Veio à minha alma, como se estivesse espalhando-se nela, um senso da glória do Ser Divino; um novo senso, totalmente diferente de qualquer coisa que eu já havia experimentado antes”. Naquele instante, Edwards foi profundamente impactado e seu coração foi tocado com pensamentos arrebatadores sobre Deus.

Pouco antes de concluir seu mestrado Jonathan Edwards foi convidado a trabalhar em uma pequena igreja presbiteriana de Nova Iorque. Ali sentiu o que chamou de “um forte desejo de ser, em tudo, um cristão completo”. Nesse tempo Edwards estava concluindo o seu mestrado. Ele tinha 18 anos.

Edwards passou, então, a pensar cuidadosamente nas prioridades que ele desejava que fossem os princípios orientadores de sua vida. Foi nesta época que ele começou a escrever as suas “Resoluções”. Edwards redigiu 70 propósitos, todos eles destinados a dirigir sua jornada como crente. Essas Resoluções eram as diretrizes, uma espécie de sistema de controle que ele usaria para projetar toda a sua vida como crente, seus relacionamentos, seu falar, seus desejos, suas atividades.

Edwards conseguiu combinar, de modo singular, a piedade espiritual com um gênio intelectual. Tanto sua mente, quanto seu coração estavam engajados na busca por Deus. A respeito dele disse: Martin Lloyd-Jones: “Edwards era dominado por Deus”.

Pode-se dizer que o grande diferencial na vida de Jonathan Edwards era o seu incansável zelo pela glória de Deus. Ele foi reconhecido em seus dias e até os dias de hoje devido a sua “profunda e excepcional espiritualidade”. A sua alma era dedicada à busca da incomparável honra de Deus.

Uma palavra que poderia resumir a vida de Jonathan Edwards seria: RESOLUÇÃO. Ele era resoluto (decidido). Ele era determinado a viver com total fidelidade a Deus, por amor à grandeza de Deus. A respeito dele se diz que “sua visão era singular; sua alma, constante; seu desejo, firme”.

Jonathan Edwards morreu em 22 de março de 1758. Ele era um crente pessoal e singularmente concentrado em um grande objetivo de vida: viver toda a sua vida para a glória de Deus. Ele dedicava-se plenamente a honrar ao Senhor em cada área de sua vida e o fazia com uma firme determinação. Por isso fez tanta diferença em seu tempo e seu testemunho ecoa até aos dias de hoje.

Agnaldo Silva Mariano



* Boa parte deste texto é uma adaptação do excelente livro: "A Firmes Resoluções de Jonathan Edwards", de Steven J. Lawson, publicado pela Editora Fiel.

Um comentário:

Anônimo disse...

Paz do Senhor, gostei muito do seu trabalho a respeito do Pastor Jonathan Edwards.Sou pastor e vivo a 10 minutos da cidade de Northampton nos Estados Unidos e estive varias vezes na igreja onde ele era pastor, Deus com sua infinita sabedoria, usou este homen nao somente para aquele tempo, pois hoje vemos que suas mensagens econ pela cidade de Northampton. E triste saber que as pessoas que la vivem nessecintam de um novo Edwards, pois vivem da mesma forma que no passado Deus usou ele para trazer uma mensagem impactante como "Pecadores nas maos de um Deus irado". Tenho orado para que Deus possa me usar para fazer a diferenca neste tempo.
Que Deus abencoe vc e seu ministerio
Pr.Joe